segunda-feira
Covardia
Covardia é palavra que bate na cara.
Não cabe a mim desafiar o sentido.
Sou covarde sim, todos os dias
que hesito um passo, pelo tropeço,
que abdico da madrugada pelo perigo,
que não cutuco a ferida que não sara.
Ela bate na cara
de todas as palavras caladas,
de todos os sonhos perdidos.
Sou covarde sim, todos os dias,
quando não insisto, não reclamo.
Quando me falta algo que quero,
quando faz falta alguém que eu amo.
E sempre falta pouco
pra perder o medo das escolhas erradas,
pra perder o conforto de decisōes já tomadas,
pra abdicar do abraço que ampara.
Não cabe a mim desafiar o sentido.
Eu sou covarde sim, todos os dias
e a covardia, ela bate na cara.
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