terça-feira

Sem Pressa


Perdida nos cheiros e sabores
que o corpo tem pra me dar.
Aperto, mordo, esfrego
tudo que é pele nela.
Sai pelo beijo
a vontade que tenho de não parar.
E nesse confuso embarassado
de pernas e língua e cabelos,
nenhum sentido fica cego,
nenhum desejo, mudo.
Queria respirar pelos gemidos dela
e entrar por esses olhos confusos.
Escorregar nos membros suados
e beijar as mãos que me cravam.
É difícil deixar pra depois
qualquer coisa que impeça
o prazer que sinto com ela.
Então eu não hesito, abuso.
Me agito e repito tudo...
Sem pressa.

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