domingo

Um ciclo sem fim
de inexplicável distancia.
De dias solitarios,
de noites esquecidas,
de saudade,
de muita saudade.
O coração cansa
de bater desamparado.
Seu pensamento
ouve meu pensamento,
mas ignora.
Abraco diário
que criou raizes,
que criou espaço,
perde a esperança
de acalentar.
E fico em migalhas,
lentamente consumida
pela ansiedade
que jurei não dar de comer.
Qualquer vontade e expectativa
no dicionário das palavras não ditas,
na conversa de verdades falhas.
É involuntário
deixar de querer.
As coisas que me aproximam,
que são a razão da distancia,
que conduzem a vontade viva,
de deixar o tempo passar
pra que eu esqueça você.

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