quinta-feira

Último poema


Preciso te escrever um último poema.
Não pela vontade de expelir sentimentos.
Nem pela necessidade de libertar pensamentos.
Mas pra demarcar que houve um primeiro,
e tudo que começa tem fim.

O tempo leva, lava, se renova.
Se faz hora intragável, hora inebriante.
E a vida segue assim
Sem você nas minhas rimas,
sem o amor me por à provas.
lembrando o que foi ilusão,
esquecendo o que foi verdadeiro.
Não, não foi eterno, nem pequeno,
não foi despropósito, nem ingratidão.
Em meio de todo infinito
foi só um instante.
Mero acaso, repetição

O tempo,  além de tudo, é inventor.
Ele faz sorrisos e acenos
Do que antes era amor.

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