domingo

Não quero lavar o teu cheiro do meu corpo.
Não quero que o suor saiba de onde vem.
Não quero desvendar o mistério do cabelo na cama.

De olhos fechados, músculos tensos.
Vou mentindo um controle evidente.
Vou mentindo a irracionalidade explosiva.
Foi como se o ar se enchesse de perfume,
e o amor fosse dono de ninguém.
Qualquer suspiro é sopro
pra levar pra longe quem se ama.
Mas você se mantém presente,
na cabeça, no suor, um sentimento.
Causador e difusor de sofrimento,
que na minha alma se conserva viva.

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